Quem trabalha com desenvolvimento de comunidades tradicionais reconhece os grandes desafios e dificuldades das populações em sobreviver em locais sem energia elétrica e isoladas dos centros urbanos, ou em locais com energia elétrica intermitente e proveniente de grupos geradores a gasolina ou a diesel.
A matriz energética desses locais, normalmente dependente de combustíveis fósseis, onera a geração de energia em razão dos altos custos envolvidos no transporte desse combustível por grandes distâncias, além do elevado custo de operação, manutenção e da dificuldade logística para lidar com essas micro e miniusinas termoelétricas. Ademais, o funcionamento intermitente desses grupos geradores a diesel, normalmente das 18 às 22 horas, impede a operação de equipamentos para conservação de alimentos para agregação de valor aos produtos locais, tais como geladeiras e congeladores elétricos.